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Espetáculo A POESIA DO BRASIL MESTIÇO - Sesc-CE (out/2008)

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Traduzir-se (Ferreira Gullar) Uma parte de mim é todo mundo: outra parte é niguém: fundo sem fundo. Uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e solidão. Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira. Uma parte de mim almoça e janta: outra parte se espanta. Uma parte de mim é permanente: outra parte se sabe de repente. Uma parte de mim é só vertigem: outra parte, linguagem. Traduzir-se uma parte na outra parte - que é uma questão de vida ou morte - será arte?